A falta de humanização é o principal gargalo da saúde privada no Brasil. Prova disso é que 33% dos entrevistados pela Consultoria Deloitte trocaram de médico no último ano. Cerca de 81% dos clientes se mostraram insatisfeitos com o tempo de espera nos consultórios. Já 49% estão descontentes com os médicos de convênio, planos ou cooperativa. O segmento que engloba 46 milhões de brasileiros é o segundo maior mercado do mundo atrás apenas dos Estados Unidos. É frequente a abertura de laboratórios, clínicas e hospitais nos quatros cantos do país. Cerca de 75% dos planos são corporativos e os pacientes não passam de códigos de barras ou números de carteirinha. Em entrevista à repórter Renata Perobelli, o sócio da área de Life Science e Healthcare da Deloitte, Enrico de Vetori, enfatizou a insatisfação dos usuários. “Os próprios médicos ainda não entenderam que estão dando um tiro no pé”. O setor está em evidência no Brasil principalmente devido ao incremento da classe média emergente. A pesquisa mostra ainda que, para o brasileiro, a saúde suplementar é um bem de consumo, ficando apenas atrás do emprego e da casa própria. A proliferação de franquias de clínicas e hospitais se justifica pelo faturamento anual do setor de R$ 100 bilhões. A advogada Rosana Chiavassa, especialista em defesa do consumidor na área de planos de saúde, destacou que a prorrogação do diagnóstico e do tratamento piora a saúde do brasileiro.Rosana Chiavassa avaliou ainda que, com o avanço da ciência, a insatisfação da população tende a crescer ainda mais.
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4 de out. de 2011
Falta humanização no sistema de saúde
A falta de humanização é o principal gargalo da saúde privada no Brasil. Prova disso é que 33% dos entrevistados pela Consultoria Deloitte trocaram de médico no último ano. Cerca de 81% dos clientes se mostraram insatisfeitos com o tempo de espera nos consultórios. Já 49% estão descontentes com os médicos de convênio, planos ou cooperativa. O segmento que engloba 46 milhões de brasileiros é o segundo maior mercado do mundo atrás apenas dos Estados Unidos. É frequente a abertura de laboratórios, clínicas e hospitais nos quatros cantos do país. Cerca de 75% dos planos são corporativos e os pacientes não passam de códigos de barras ou números de carteirinha. Em entrevista à repórter Renata Perobelli, o sócio da área de Life Science e Healthcare da Deloitte, Enrico de Vetori, enfatizou a insatisfação dos usuários. “Os próprios médicos ainda não entenderam que estão dando um tiro no pé”. O setor está em evidência no Brasil principalmente devido ao incremento da classe média emergente. A pesquisa mostra ainda que, para o brasileiro, a saúde suplementar é um bem de consumo, ficando apenas atrás do emprego e da casa própria. A proliferação de franquias de clínicas e hospitais se justifica pelo faturamento anual do setor de R$ 100 bilhões. A advogada Rosana Chiavassa, especialista em defesa do consumidor na área de planos de saúde, destacou que a prorrogação do diagnóstico e do tratamento piora a saúde do brasileiro.Rosana Chiavassa avaliou ainda que, com o avanço da ciência, a insatisfação da população tende a crescer ainda mais.
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